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PMEs enfrentam desafios financeiros em 2025

O ano de 2025 se inicia com um cenário desafiador para micro, pequenas e médias empresas (PMEs) no Brasil. Com o aperto monetário e juros elevados, o acesso ao crédito se torna mais caro e restrito, comprometendo a saúde financeira de muitas companhias. O reflexo dessa situação foi evidente em 2024, quando 2.273 empresas solicitaram recuperação judicial (RJ), sendo que 92% dessas eram PMEs, de acordo com a Serasa Experian.



A tendência de aumento nos pedidos de RJ entre empresas de menor porte vem desde 2022, e especialistas não preveem melhora significativa para 2025. Segundo a economista Camila Abdelmalack, da Serasa Experian, a inadimplência continua alta, com projeção de Selic em 15%, inflação de 5,65% e dólar a R$ 5,99 ao final do ano.


Inadimplência e dificuldades no acesso ao crédito


Os últimos dados da Serasa indicam que 6,9 milhões de empresas encerraram 2024 inadimplentes, representando 31,6% das companhias no país. Dentre essas, 6,5 milhões são micro e pequenas empresas. O alto risco de inadimplência afasta bancos e outras instituições financeiras, que tornam os critérios de concessão de crédito mais rigorosos.


A agência de classificação de risco Moody’s alerta que o volume de empréstimos para pequenos e médios negócios deve cair em 2025, reduzindo ainda mais a capacidade de reembolso dessas empresas. Ainda que o crédito tenha crescido 11% em 2024, esse avanço foi impulsionado por um período de Selic ligeiramente mais baixa e um mercado de trabalho aquecido. Para 2025, a previsão é de crescimento menor, em torno de 8%.

Impactos no consumo e estratégias para superação

Os juros elevados também reduzem o consumo, o que afeta diretamente as pequenas empresas. Com famílias mais cautelosas nos gastos e dificuldades para contratar dívidas, os setores de bens, serviços e turismo podem sofrer retração. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), 15,9% da população se considera “muito endividada”, e 20,8% destinam mais da metade da renda para pagamento de dívidas.

Para enfrentar essas dificuldades, os especialistas sugerem estratégias como renegociação de prazos com fornecedores para equilibrar o fluxo de caixa. Se a opção for recorrer ao crédito bancário, a antecipação de recebíveis pode ser uma alternativa menos onerosa que um empréstimo tradicional. O mercado de capitais também oferece opções como os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que podem fornecer liquidez imediata.


Por fim, o planejamento financeiro se mostra essencial para a sobrevivência das PMEs em 2025. Conhecer como variáveis como câmbio e inflação impactam a operação do negócio pode ser decisivo para evitar problemas futuros. A inovação e a gestão estratégica serão diferenças cruciais para as empresas que desejam atravessar esse período econômico turbulento.


 
 
 

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